segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Raul Seixas Ao Vivo no Ginásio Lauro Gomes

 
Em primeiro de dezembro de 1985, Raul Seixas faz sua última apresentação ao vivo. O show foi realizado no Ginásio Lauro Gomes, em São Caetano do Sul. Raul só voltaria aos palcos em 1988 juntamente com Marcelo Nova, do Camisa de Vênus. O álbum postado a seguir foi retirado da própria internet e traz o áudio do show realizado em São Caetano do Sul. 
Pode-se perceber que como de praxe na época, Raul se encontrava bastante alterado se atrapalhando em algumas músicas, rindo e falando besteiras. Na faixa de "Rock das aranha", Raul cita Pepeu Gomes, não sei se realmente Pepeu Gomes participou do Show, mas que com certeza participou da apresentação foi Nene, baixista dos Incríveis (foto). Apesar de Raul não se encontrar em uma das melhores fases de sua carreira, é emocionante ouvir o coro cantando em massa Maluco Beleza.

Musicas do show:

Abertura / Sociedade Alternativa
Rockixe/ Al Capone/Como vovó já dizia
As minas do rei Salomão
Metamorfose Ambulante
Rock das aranha
Ready Teddy
Maluco Beleza
Mamãe eu não queria
Rock do Diabo
O trem das sete
Sociedade Alternativa














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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Carnaval Chegou!

O ano era 1972, Raul Seixas recém chegado a gravadora Philips, após vencer em primeiro lugar o II FIC (Festival Internacional da Canção) de 1972, com a música Let me sing, let me sing, (onde faz uma mistura como ere próprio costumava dizer entre Luiz Gonzaga e Elvis Presley), curioso que música foi lançada somente em compacto em 1972 (eu tenho uma cópia) e não saiu no primeiro disco lançado pela Philips, na verdade esta música só foi lançada em um álbum oficial em 1985, no álbum Let me sing my rock and rooll, lançado pelo Raul Rock Club, primeiro disco lançado por um Fã-clube no Brasil. 
Voltando ao disco Carnaval chegou!, ele foi lançado em 1972 pela Philips, foi produzido por Gilberto Gil, tem a direção artística de Roberto Menescal e a direção geral de produção de Nelson Motta. 
O disco inicia-se com a canção Boi Voador , que relembra um pouco as marchinhas da década de 1940/1950 composta por Chico Buarque e Ruy Guerra (no disco, Ruy não leva os créditos) interpretada pelo quarteto vocal MPB-4, já o baiano Caetano Veloso reviveu o Carnaval de sua terra com Um Frevo Novo, onde retrata os tempos de folia pela praça cheia de frevos e maracatus, a eterna Nara Leão chega com tudo representando o Cordão do Zepelim que é quase autobiográfica pois menciona a sua filha Isabel Diegues. Os estreantes do grupo de rock O Terço caiu de cabeça no carnaval e chegou fazendo um som Muito Louco; já Gilberto Gil convidou todos anunciando: Vamos Passear no Astral. Claudia Regina, que ficou famosa nos anos 70, sendo comparada inclusive a Elis Regina, traz um pouco de seu talento com um típico samba-de-breque-carnavalesco avisando que A Morena Chegou.  Não esquecendo de Jorge Ben, homenageando a escola de samba Salgueiro com um clássico samba ao seu estilo: Lá Vem Salgueiro. Já Wilson Simonal, com o seu Cordão da Raimunda, nem parecia ser o Simona das antigas depois de ter se envolvido com um problemão envolvendo seu contador na equipe e o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). E Jair Rodrigues reviveu uma lendária marchinha carnavalesca do compositor Zuzuca, homenageando as raízes africanas com a eternizante A Dança do Cafuné, que até hoje é entoada nos carnavais. Raul Seixas, revive as canções carnavalescas do seu tempo de menino com Eterno Carnaval, canção feita especialmente para este disco, que foi lançada somente como lado B do compacto de Há 10 mil anos atras, esta canção também foi lançada no álbum Let me sing my rock and rooll, que já foi mencionado anteriormente, um álbum que contem praticante canções que aparecem apenas em compactos ou que não foram lançadas oficialmente em seus discos.. Wanderléa,  acabou encantando o disco cantando Sem Se Atrapalhar, composta por Caetano Veloso e Moacyr Albuquerque especialmente para o disco. E o pessoal do Quinteto Violado, também nordestinos e, em especial, pernambucanos, reviviam o frevo cantando a história do Menino do Pirulito, que falavam sobre a modernização da cidade e entoavam com orgulho da terra deles. A aparição de Fagner em coletâneas é rara, mas aqui ele mostra que têm seu lado carnavalesco em Um Ano Atrás.Sérgio Sampaio, estreia no selo com o clássico do FIC e dos eternos carnavais, a imortal Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua, falando orgulhosamente de si mesmo quando anuncia que vai sair pra folia, diferente da versão de 1973 do seu disco que carrega o nome da sua música, já que a versão da coletânea é bem carnavalesca. Gal Costa encerra o disco com uma canção que a imortalizou naquele ano, chamada Estamos Aí, mostrando a realidade dos foliões.
Na capa pode-se notar que aparecem o nome de vários cantores e inclusive alguns que não estão presentes no disco como Chico Buarque e Ivan Lins, isto geralmente acontecia como uma jogada de marketing das produtoras, já que eram cantores de certo prestigio na época e que apesar de não participarem do disco tem canções suas interpretadas por outros artistas presentes no disco.



Boi Voador - MPB-4
Um Frevo Novo - Caetano Veloso
Cordão do Zepelim - Nara Leão
Lá Vem Salgueiro - Jorge Ben
Muito Louco - O Terço
Vamos Passear no Astral - Gilberto Gil
A Morena Chegou - Claudia Regina
Cordão da Raimunda - Wilson Simonal
A Danca do Cafuné - Jair Rodrigues
Eterno Carnaval - Raul Seixas
Sem Se Atrapalhar - Wanderléa
Menino do Pirulito - Quinteto Violado
Um Ano Atrás - Fagner
Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua - Sergio Sampaio
Estamos Aí - Gal Gosta