sábado, 29 de dezembro de 2018

Discoteca do Chacrinha, 1974

Raul Seixas se apresentando na Discoteca do Chacrinha em 1974, cantando um medley, iniciando com Al Capone, seguindo de trechos de Rockixe, Preludio e retornando a Al Capone.


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Saudade não tem idade

Raul Seixas se apresentando no Especial Saudade não tem idade do dia 12 de maio de 1978, cantando a música Ready Teddy.



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Raul Seixas Ao Vivo no Ginásio Lauro Gomes

 
Em primeiro de dezembro de 1985, Raul Seixas faz sua última apresentação ao vivo. O show foi realizado no Ginásio Lauro Gomes, em São Caetano do Sul. Raul só voltaria aos palcos em 1988 juntamente com Marcelo Nova, do Camisa de Vênus. O álbum postado a seguir foi retirado da própria internet e traz o áudio do show realizado em São Caetano do Sul. 
Pode-se perceber que como de praxe na época, Raul se encontrava bastante alterado se atrapalhando em algumas músicas, rindo e falando besteiras. Na faixa de "Rock das aranha", Raul cita Pepeu Gomes, não sei se realmente Pepeu Gomes participou do Show, mas que com certeza participou da apresentação foi Nene, baixista dos Incríveis (foto). Apesar de Raul não se encontrar em uma das melhores fases de sua carreira, é emocionante ouvir o coro cantando em massa Maluco Beleza.

Musicas do show:

Abertura / Sociedade Alternativa
Rockixe/ Al Capone/Como vovó já dizia
As minas do rei Salomão
Metamorfose Ambulante
Rock das aranha
Ready Teddy
Maluco Beleza
Mamãe eu não queria
Rock do Diabo
O trem das sete
Sociedade Alternativa














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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Carnaval Chegou!

O ano era 1972, Raul Seixas recém chegado a gravadora Philips, após vencer em primeiro lugar o II FIC (Festival Internacional da Canção) de 1972, com a música Let me sing, let me sing, (onde faz uma mistura como ere próprio costumava dizer entre Luiz Gonzaga e Elvis Presley), curioso que música foi lançada somente em compacto em 1972 (eu tenho uma cópia) e não saiu no primeiro disco lançado pela Philips, na verdade esta música só foi lançada em um álbum oficial em 1985, no álbum Let me sing my rock and rooll, lançado pelo Raul Rock Club, primeiro disco lançado por um Fã-clube no Brasil. 
Voltando ao disco Carnaval chegou!, ele foi lançado em 1972 pela Philips, foi produzido por Gilberto Gil, tem a direção artística de Roberto Menescal e a direção geral de produção de Nelson Motta. 
O disco inicia-se com a canção Boi Voador , que relembra um pouco as marchinhas da década de 1940/1950 composta por Chico Buarque e Ruy Guerra (no disco, Ruy não leva os créditos) interpretada pelo quarteto vocal MPB-4, já o baiano Caetano Veloso reviveu o Carnaval de sua terra com Um Frevo Novo, onde retrata os tempos de folia pela praça cheia de frevos e maracatus, a eterna Nara Leão chega com tudo representando o Cordão do Zepelim que é quase autobiográfica pois menciona a sua filha Isabel Diegues. Os estreantes do grupo de rock O Terço caiu de cabeça no carnaval e chegou fazendo um som Muito Louco; já Gilberto Gil convidou todos anunciando: Vamos Passear no Astral. Claudia Regina, que ficou famosa nos anos 70, sendo comparada inclusive a Elis Regina, traz um pouco de seu talento com um típico samba-de-breque-carnavalesco avisando que A Morena Chegou.  Não esquecendo de Jorge Ben, homenageando a escola de samba Salgueiro com um clássico samba ao seu estilo: Lá Vem Salgueiro. Já Wilson Simonal, com o seu Cordão da Raimunda, nem parecia ser o Simona das antigas depois de ter se envolvido com um problemão envolvendo seu contador na equipe e o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). E Jair Rodrigues reviveu uma lendária marchinha carnavalesca do compositor Zuzuca, homenageando as raízes africanas com a eternizante A Dança do Cafuné, que até hoje é entoada nos carnavais. Raul Seixas, revive as canções carnavalescas do seu tempo de menino com Eterno Carnaval, canção feita especialmente para este disco, que foi lançada somente como lado B do compacto de Há 10 mil anos atras, esta canção também foi lançada no álbum Let me sing my rock and rooll, que já foi mencionado anteriormente, um álbum que contem praticante canções que aparecem apenas em compactos ou que não foram lançadas oficialmente em seus discos.. Wanderléa,  acabou encantando o disco cantando Sem Se Atrapalhar, composta por Caetano Veloso e Moacyr Albuquerque especialmente para o disco. E o pessoal do Quinteto Violado, também nordestinos e, em especial, pernambucanos, reviviam o frevo cantando a história do Menino do Pirulito, que falavam sobre a modernização da cidade e entoavam com orgulho da terra deles. A aparição de Fagner em coletâneas é rara, mas aqui ele mostra que têm seu lado carnavalesco em Um Ano Atrás.Sérgio Sampaio, estreia no selo com o clássico do FIC e dos eternos carnavais, a imortal Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua, falando orgulhosamente de si mesmo quando anuncia que vai sair pra folia, diferente da versão de 1973 do seu disco que carrega o nome da sua música, já que a versão da coletânea é bem carnavalesca. Gal Costa encerra o disco com uma canção que a imortalizou naquele ano, chamada Estamos Aí, mostrando a realidade dos foliões.
Na capa pode-se notar que aparecem o nome de vários cantores e inclusive alguns que não estão presentes no disco como Chico Buarque e Ivan Lins, isto geralmente acontecia como uma jogada de marketing das produtoras, já que eram cantores de certo prestigio na época e que apesar de não participarem do disco tem canções suas interpretadas por outros artistas presentes no disco.



Boi Voador - MPB-4
Um Frevo Novo - Caetano Veloso
Cordão do Zepelim - Nara Leão
Lá Vem Salgueiro - Jorge Ben
Muito Louco - O Terço
Vamos Passear no Astral - Gilberto Gil
A Morena Chegou - Claudia Regina
Cordão da Raimunda - Wilson Simonal
A Danca do Cafuné - Jair Rodrigues
Eterno Carnaval - Raul Seixas
Sem Se Atrapalhar - Wanderléa
Menino do Pirulito - Quinteto Violado
Um Ano Atrás - Fagner
Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua - Sergio Sampaio
Estamos Aí - Gal Gosta

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Raul Seixas e Gilberto Gil

Raul Seixas e Gilberto Gil com certeza formam uma parceria pouco provável, mas ao longo de suas  carreira seus destinos se cruzaram algumas vezes. Dois baianos arretados, críticos, rebeldes e apesar de participarem de segmentos diferentes da musica, ambos formam percussores de uma geração marcada pela luta contra a ditadura militar. A primeira vez que os dois ídolos se encontram foi durante um programa de calouros em uma Tv baiana, onde Raul Seixas se apresentou como calouro e Gil fazia parte do quadro da emissora tocando acordeon no programa.
Em 1977 Raul Seixas ingressa na gravadora WEA (Warner) para gravar o  álbum "O dia em que a Terra parou", produzido por Mazolla, que convida Gilberto Gil para participar do álbum tocando violão na música "Que luz é essa".





Durante a segunda metade dos anos 70, Gilberto Gil investe também em parcerias com outros cantores. Em 1975 lança junto com Jorge Ben o álbum "Gil & Jorge - Ogum - Xangô", em 1977 é a vez de Rita Lee gravar com Gil o disco ao vivo "Refestança". Em 1978 surgiu um comentário de que a próxima parceria de Gil seria Raul Seixas, coisa que acabou não se confirmando. 

   

 De 11 a 17 de novembro de 1985, Wally Salomão produz uma serie de shows em comemoração as 20 anos de carreira de Gilberto Gil. Durante uma semana foi realizado uma serie de shows. A cada dia uma temática diferente, baseada nas influencias de Gil. O primeiro dia de espetáculo foi intitulado Luar do sertão, homenageando o pessoal do nordeste, o segundo dia intitulado Tudo Black Tude, com o pessoal que fazia a soul music brasileira Jorge Ben, Tim Maia, Luiz Melodia e outros. O terceiro dia intitulado Malditos, benditos trazia Chico Buarque, Angela Ro Ro, Jorge Mautner. No quarto dia Doces Barbaros Again, trouxe de volta o quarteto original, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethania. No quinto e último dia Esse tal de Roque, traz Raul Seixas e Rita Lee como Homenageados, alem da participação de vários artista da cena do rock nacional dos anos 80 como Cazuza, Paralamas do Sucesso, Titãs, Sergio Dias e Erasmo Carlos. Essa é talvez uma das ultimas apresentações ao vivo de Raul Seixas, é uma pena não termos nada a respeito dessa participação de Raul no espetáculo de Gil, mas continuarei garimpando por ai para tentar pelo menos descobrir o que Raul cantou com Gil neste show. 

            
 
    

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Nada se cria, tudo se copia.

        Nosso eterno Raul Seixas sempre foi muito criativo na suas canções, tão criativo que costuma reaproveitar melodias de suas próprias canções ou se apropriar de canções de outro compositores. No vasto repertório de Raulzito temos vários exemplos como "Convite para Angela" composta por Raul em 1971, durante o período em que foi produtor da CBS. A música foi gravada pelo cantor Leno, da dupla Lilian e Leno, que iniciava carreira solo. Raul Seixas produziu e participou do álbum "Vida e obra de Johnny McCartney", uma nítida referencia a dupla de Liverpool, mas isso é assunto pra outra postagem, mais tarde a melodia foi reaproveitada para a música "Sapato 36". Outro exemplo é "Bruxa amarela" gravada por Rita Lee, que mais tarde virou "Check-up".
     Mas o que interessa nesta postagem são as inspirações em músicas de outros compositores, algumas praticamente plagiadas por ele. Segue então uma listagem com algumas músicas adaptadas por Raul.

Rock das "Aranha" x Killer Diller de Jim Breedlove
Esta talvez seja a adaptação mais conhecida envolvendo as músicas de Raul, ele próprio acabou admitindo mais tarde que "passou a mão" na composição de Jim Breedlove.



S.O.S. x Mr Spaceman dos The Byrds
Em S.O.S Raul fala de discos voadores, numa fuga da nossa realidade, a canção Mr. Spaceman do The Birds, lançada no álbum Fifth Dimension, de 1966 também tem esta temática, além da melodia bem country da canção da banda californiana ser muito semelhante.



O Rock do Diabo x Honey Don’t de Carl Perkins
Desta canção de Carl Perkins, lançada em 1956 Raul reproduziu o riff inicial e a levada rítmica do rockabilly clássico de Carl Perkins, esta canção teve varias regravações, inclusive uma feita pelos Beatles anos mais tarde.



Mas I Love You (Pra ser Feliz) x “Here Tonight” de Gene Clark
Gene Clark que foi vocalista da banda The Byrds entre 1964 e 1966, gravou esta canção em 1973 no álbum Roadmaster. Raul se inspirou nela para gravar 1985 a música Mas I love you, que fez parte do álbum Metro Linha 743.



Peixuxa x Ob-La-Di, Ob-La-Da dos The Beatles
Ob-La-Di, Ob-La-Da é uma música dos Beatles lançada 1968 no White Album ou Álbum Branco, como ficou conhecido no Brasil. Quando Paul McCartney escreveu a música, sua a intenção era fazer um ska. Mas a gravação ficou mais com cara de bubblegum do que de música jamaicana. Raul criou Peixuxa em cima da canção lançada pelos Beatles, pode-se perceber a semelhança na introdução da música.